
Um basta a toda violência cometida, a toda fome do mundo, a todo sussurrar sem respostas, a toda solidâo humana. Não suporto mais o descaso da humanidade.
E nesse não suportar, um poema foi rabiscado...
MUNDO
Pelo não, pelo sim
Por tudo, enfim,
Pelo vento que brinca com o tempo
Pelo riacho que não corre mais
Pelas ondas sedentas de beijos
Pela chuva que cai
Pelo fim...
É o tudo e o nada que conta
É a dor que nos desaponta
A saudade , que livre, aponta
O passado que não volta mais.
Pelos filhos da sarjeta,
Pela arma que mata, nojenta
Pela covardia isenta
Pelo grito,
Pelo homem que cai.
Pela fome e pelo rancor
É o ódio que toma conta
É pela morte do amor.
É meu corpo, que faminto,
Pela fome de justiça
Já não pode suportar
Por tudo isso eu grito
Meu corpo explode aflito
Eu não quero viver mais...