Elisa di Minas

Elisa di Minas

terça-feira, fevereiro 06, 2007

pensamente

Olhando pela janela busco clarão de lua, que se apaga sem que meu olhar alcance. Olho escuridão de tempo e penetro entranhas na sensação convulsiva de que me separo de meu eu e busco outra que habita em mim.Não consigo acalmar meu espectro que cambaleia pelo tempo mumificando a escória de vida que levo. Vida de perdas paridas nas entranhas fétidas, desconcertantes e desgovernadas. Desequilibro pulsar e corto a pele, sangrando num prazer mórbido de quem sabe que viver é morrer. Alucinando meu peito piso as ilusões que se apodreceram no caminho e sorrio ao vê-las gritarem descontroladas e chorantes. Furo olhar com o agudo veneno que me come, consome, distorce, alucina, envolve e foge, deixando no peitoril uma mulher sem sexo, sem rumo, sem nexo...