E eu caduco desejos.
Perco encantos
De coruja
Que grita fantasias
Em minha janela.
E, feia,
Me olho.
Não vejo
O que espelho me mostra
Me cego
Porque me nego...
Um espaço onde posso deixar correr sangue mineiro...onde posso falar carregada de caboclagem...Um espaço onde montanhas, cachoeiras ,chão de terra e gosto de café torrado irão se misturar às palavras
Elisa di Minas

sábado, setembro 10, 2005
quinta-feira, setembro 08, 2005
Não canto
Meus dias amanhecem cheirando montanhas.
Num passeio ecológico sigo de encontro à labuta.
Um cafezal se mostra à minha passagem.
Bananeiras erguem braços, num abraçar mundo.
E eu sigo
Olhando os ipês que pintam meus olhos de amarelo
E se curvam acompanhando vento.
Em Pedra da Cruz eu chego.
Misturado ao cheiro de café
Os gritos de meus alunos
Se confundem ao canto de canário
E vôos de tucanos.
Frondosa árvore acolhe sabiá.
Esqueço que trabalho me chama
Quero olhar montanhas e beber luz de mundo...
Num passeio ecológico sigo de encontro à labuta.
Um cafezal se mostra à minha passagem.
Bananeiras erguem braços, num abraçar mundo.
E eu sigo
Olhando os ipês que pintam meus olhos de amarelo
E se curvam acompanhando vento.
Em Pedra da Cruz eu chego.
Misturado ao cheiro de café
Os gritos de meus alunos
Se confundem ao canto de canário
E vôos de tucanos.
Frondosa árvore acolhe sabiá.
Esqueço que trabalho me chama
Quero olhar montanhas e beber luz de mundo...
Mineirice
É na mineirice de viver que encontro forças em derrubar trilhas de mato cerrado em busca de matas. Uma mata que seja encantada em seus cantos, onde aqui e acolá adormecem tucanos e sabiás. Onde o choro gritado da siriema aconchega em alma minha e devolve lembranças de infância perdida. Bato e derrubo barro grudado entre dedos dos pés, latejado da ânsia em percorrer caminhos. No caminhar não trago marmita em embornal, elevo mãos e colho do fruto servido pela Mãe-Terra; me embriago de sobremesa de morangos silvestres, docemente amargados no matar sede. Respiro a vida que beleza me mostra, canto desafinando cachoeira e bebendo da relva onde me deito. Olho céu que enfeita teto meu e brilha o brilhar de contrastes entre mundo e eu. Recolho as estrelas que caem, encho meu bolso jeans e costuro viver com remendos de experiências, criando retalhos que carrego em dia de panha de café e derrubada de bananeira. Passo mão em chão, avermelhado pela sangria de ser mulher e usufruir do viver de fêmea que procria em si a semente do macho, jogada em noite de amor...
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