Aqui me pego, aos 53 anos, sentindo uma saudade enorme da crença e fé que eu sentia no trabalho que venho desenvolvendo por 25 anos. Um trabalho escolhido não como falta de opção, mas escolhido como única opção para eu ser feliz profissionalmente. Acredito que em decorrência da minha lerdeza natural eu tenha levado tanto tempo para perceber que vivi utopias. Fui utópica quando acreditei na valorização do educador, quando acreditei que o futuro seria melhor, quando acreditei que calma era necessário para dar tempo às mudanças. Fui infantil e sonhadora quando acreditei que os políticos acreditavam que a educação era um dos caminhos do crescimento humano e, por isso, investiriam nela ; quando acreditei na mudança política de nosso município , que veria município como um todo, sem divisão entre rede estadual/municipal , afinal sou brazopolense e fui importante para eles na hora do voto ; quando acreditei que o ser humano teria mais hombridade ; quando acreditei que todo profissional envolvido com a educação era uma pessoa humana em toda sua essência...
Fui inocente e sonhadora quando acreditei que “pior do que está não tem jeito”. Mas tem, e como!