Evacuo as merdas
expostas em vasos
sanitariados e confusos.
Defecando
sigo no compasso absurdo
dos surdos de minha era.
Apago as cores
da aquarela do mundo
e acinzentando as idas
volto às estradas vencidas.
Merdas!
Estaciono tempo,
destruo construções,
desfaço feitos
e amordaço gritos
aprisionando a liberdade
descontida
nos traços
humanos
das desumanas vidas.
Merdas...
2 comentários:
Muito bom!
Sobre as merdas, as moscas. Tá tudo perto como Fred disse em Zaratustra. Poesia mesmo! Cara Elisa.
Postar um comentário