Acendo um papel e jogo fogo. Fogo alastra e arrepia.
E dedos olham letras, parecem míopes analfabetos.
Estão tarados, parados no desejo de silenciar, enquanto coração cansa de tanto respirar.Um cachorro chora, grito com voz de gato e tento atrai-lo.
Cão se cala. Eita peste, nem ele dialoga comigo. E eu aqui cansada de monólogos ultrapassados, onde minha cabeça canta os cantos de seres mudos.
Silêncio porreta!
Olho os dedos parados frente meus olhos e descubro que nem sei de quem são.
Um fantasma moribundo habita minha noite e eu nem ligo...
Um comentário:
E eu aqui cansada de monólogos ultrapassados, onde minha cabeça canta os cantos de seres mudos. Silêncio porreta! Olho os dedos parados frente meus olhos e descubro que nem sei de quem são.
esta parte ficou linda, toda a essência reunida neste trecho. muito lindo. lindo mesmo!
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