Um espaço onde posso deixar correr sangue mineiro...onde posso falar carregada de caboclagem...Um espaço onde montanhas, cachoeiras ,chão de terra e gosto de café torrado irão se misturar às palavras
Elisa di Minas

quinta-feira, maio 24, 2012
Uma fria e desleixada tarde, de sol e frio, de vinho e solidão. As montanhas me olham e desprezam semblante que busca
se acostumar com o nada. Nada faço, nada penso, nada sinto. Um estouro de vida eclode e meus pensamentos e sentimentos despertam, me lembram existir de Gildes Bezerra e sua decepção com as mentiras do Saci. Me lembram Drummond e suas pedras no caminho. Me lembram Giovanni Guimarães e suas Folias de Reis. Me lembram Tarsila e suas cores, Adelia Prado e seu coração disparado,Diva Cunha e seu coração de lata. Me lembram meu existir vago, insignificante. Me lembram que estômago vazio pede virado de ovo com cebola, saboreado com café fresco e leite tirado da teta.Montanha se foi, mergulho face num prato vazio.
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